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Como lidar com a depressão e a ansiedade ao mesmo tempo

Quando a depressão e a ansiedade interagem – Como Lidar quando você tem ambos

Depressão e ansiedade são condições de saúde mental muito comuns, e, para algumas pessoas — eu incluído —, elas coexistem. Estudos sugerem que entre 20% e 40% das pessoas que têm depressão ou ansiedade convivem com ambas as condições.

Essas condições podem se manifestar de maneiras diferentes. No meu caso, há períodos em que minha depressão requer mais atenção, enquanto, em outras ocasiões, minha ansiedade se intensifica. É como se minha ansiedade estivesse em um ombro e minha depressão no outro, cada uma tentando me levar em direções opostas. Minha ansiedade me impulsiona a ser produtivo e a realizar tarefas, enquanto a depressão me encoraja a ficar na cama e me afastar do mundo. Não há como prever qual delas será mais dominante.

A depressão está geralmente associada a sentimentos de desesperança, tristeza e perda de interesse em atividades antes prazerosas. Já a ansiedade tende a envolver preocupação, inquietação e um medo ou pavor em relação a eventos futuros. Embora ambas possam surgir em qualquer momento da vida, as duas apareceram para mim durante a adolescência, por diferentes razões. Minha ansiedade estava ligada a situações sociais, especialmente à escola e às interações com colegas, enquanto minha depressão era resultado de sentir que minha vida estava fora de controle. Eu não queria ser adolescente, frequentar a escola cinco dias por semana, e ansiava por crescer. Estudos mostram que pessoas com ansiedade social podem ser mais propensas a desenvolver depressão mais cedo do que aquelas sem essa condição.

Minha história com depressão e ansiedade não é igual à de todos, mas existem estratégias que podem ajudar aqueles que lidam com ambas. Vamos explorar como essas condições interagem e como podemos enfrentá-las.

No geral

Depressão e ansiedade frequentemente coexistem, e lidar com ambas pode ser mais desafiador do que com uma única condição. Medicamentos, terapia e mudanças no estilo de vida são ferramentas que podem ajudar a gerenciá-las.

Como a depressão e a ansiedade interagem

Depressão e ansiedade estão muito intimamente relacionadas em termos das áreas do cérebro de onde se origina a amígdala. Essas condições são como partes da resposta de luta, fuga ou congelamento, um mecanismo de sobrevivência herdado de nossos ancestrais. O problema é que essa resposta não se traduz bem nos tempos modernos. Lutar se manifesta como raiva, fugir se transforma em ansiedade, e congelar resulta em depressão.

Embora sejam condições distintas, existe uma grande sobreposição nos sintomas, e muitas pesquisas têm explorado como elas se conectam. Ambas podem causar irritabilidade, fadiga, problemas de sono e dificuldade de concentração. No entanto, elas diferem em seu impacto emocional. A depressão está mais associada a sentimentos de desesperança, tristeza e perda de interesse, enquanto a ansiedade envolve preocupação, inquietação e medo sobre o futuro.

Como ambas podem estar presentes ao mesmo tempo, é desafiador identificar qual delas é mais predominante em determinado momento.

Histórias reais de depressão e ansiedade

M. uma paciente de 25 anos chegou relatando que sua depressão geralmente domina, intensificando sua ansiedade. “Costumo abandonar minhas rotinas durante os piores momentos de depressão, o que resulta em ataques de pânico porque fico desorganizada”, explicou ela. Ela foi diagnosticada com ambas as condições simultaneamente.

T. outro paciente de 28 anos, vivencia alternância entre a depressão e a ansiedade. Ele relata que a ansiedade frequentemente leva à depressão: “A espiral me faz sentir sem esperança, embora, às vezes, a falta de foco e motivação da depressão me deixe ansioso sobre o futuro, as contas e se algum dia vou melhorar. É difícil separar uma coisa da outra.”

E., também de 28 anos, acredita que sua ansiedade é mais severa. Ela observa que isso se reflete em várias áreas de sua vida, como ao dirigir ou em relacionamentos, mesmo os saudáveis. Contudo, ela explica que sua depressão veio primeiro, algo que associa ao impacto da vida adulta: “Minha mãe sempre mencionava a diferença brutal entre ser adolescente e ter 21 anos. Chegou um momento em que pensei: ‘Ah, você estava certa!’”

Depressão e ansiedade frequentemente criam um ciclo vicioso. A ansiedade desperta preocupação e estresse sobre o futuro, enquanto a depressão gera sentimentos de desesperança e desmotivação. Juntas, elas se amplificam — a preocupação com coisas fora de controle (ansiedade) pode levar a um sentimento de derrota (depressão).

Depressão e ansiedade na vida cotidiana

Essas condições podem dificultar tarefas simples devido ao cansaço e à sensação de sobrecarga. No trabalho, é comum procrastinar ou se preocupar com responsabilidades — ou ambos. Por exemplo, você sabe que tem tarefas importantes, mas se sente sobrecarregado ao olhar sua lista de afazeres, e, antes de perceber, gastou metade da manhã assistindo vídeos de gatos.

Nos relacionamentos, sejam românticos, familiares ou amizades, depressão e ansiedade podem causar distanciamento emocional e mal-entendidos. Isso pode gerar sentimentos de isolamento. Essas condições frequentemente alimentam dúvidas sobre si mesmo e a sensação de ser um fardo para os outros, o que intensifica o isolamento.

Lidar com a depressão e a ansiedade ao mesmo tempo é uma experiência desafiadora, e não existe uma solução única que funcione para todos. Cada pessoa reage de maneira diferente, mas há abordagens que podem ser úteis. Algumas opções incluem medicação, terapia, mudanças no estilo de vida e estratégias de enfrentamento.

Medicação

A medicação pode ser uma ferramenta útil, embora os efeitos variem de pessoa para pessoa. Por exemplo, E. compartilha sua experiência com a medicação, afirmando que o Zoloft (sertralina) piorou sua depressão, e ela sentiu que tentou sozinha fazer ambas as condições melhorarem. Com o tempo, a depressão de E. parecia melhorar, mas sua ansiedade se manifesta de formas diversas.

Por outro lado, L. de 25, experimentou diferentes medicamentos e atualmente toma Effexor (venlafaxina), tendo ajustado a dosagem algumas vezes, agora tomando três doses por dia. Embora ainda não tenha encontrado um medicamento que resolva completamente sua ansiedade, L. percebeu que, ao controlar a depressão, os efeitos sobre a ansiedade foram minimizados.

Terapia

Eu recomendo buscar suporte profissional para lidar com ambas as condições de maneira holística. Sugiro que cada pessoa desenvolva seu próprio “kit de ferramentas” de enfrentamento, combinando terapia, mudanças de estilo de vida e, possivelmente, medicação. Muitos dos meus clientes encontraram a Microfisioterapia e se sentem libertos desses sintomas incômodos com apenas algumas sessões, Para outros clientes, foram necessários a união da Microfisioterapia com a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), pois ela ajuda a desafiar padrões de pensamento negativos e a controlar emoções intensas, o que é valioso tanto para a ansiedade quanto para a depressão.

Ao tratar de ansiedade e depressão, é importante examinar as causas subjacentes, que podem ser emocionais, ambientais ou biológicas. Essa abordagem abrangente pode não só aliviar os sintomas, mas também prevenir a recorrência. A terapia foca em ajudar o paciente a elaborar uma estratégia para lidar com pensamentos ansiosos e depressivos, começando com técnicas de atenção plena e aterramento, que ajudam a diminuir a pressão dos estressores imediatos.

Embora os sintomas de depressão e ansiedade se sobreponham, as abordagens para o tratamento de cada uma podem ser diferentes. A ansiedade pode responder bem a técnicas cognitivas, como a reformulação de pensamentos ansiosos, enquanto a depressão pode exigir incentivo para tomar pequenos passos que ajudem a criar motivação.

Mudanças no estilo de vida

Alterações no estilo de vida também desempenham um papel importante no manejo da depressão e ansiedade. L., por exemplo, encontra apoio nas rotinas. Ela percebe que quando sabe o que esperar, sua ansiedade tende a diminuir, mas se algo inesperado ocorre, a ansiedade aumenta. Manter uma rotina regular pode ajudar a reduzir o estresse.

Além disso, técnicas de atenção plena e aterramento,  podem ser extremamente eficazes para quem lida com ansiedade, ajudando a focar no presente e evitando que a mente se perca em preocupações futuras. Sugiro estabelecer metas pequenas e alcançáveis para combater a depressão. Dê um passo de cada vez, celebre qualquer progresso, mesmo que pequeno, e reconheça as vitórias ao longo do caminho. A atividade física, mesmo uma caminhada curta, pode ajudar a reduzir a ansiedade e melhorar o humor.

M., que também toma remédios para a ansiedade e a depressão, compartilha que manter rotinas é um dos principais pilares para o seu bem-estar. Ela encontra força em estabelecer horários para fazer coisas de que gosta e se dá permissão para enfrentar uma tarefa desafiadora todos os dias, como limpar seu quarto, para evitar que a ansiedade aumente.

T. ainda está aprendendo a lidar com ambos os transtornos e acredita que encontrar uma sensação de esperança, por meio de novos projetos ou passando tempo com amigos, pode aliviar os sentimentos depressivos. No entanto, ele reconhece que algo que pode aliviar a depressão, como um encontro social, também pode aumentar sua ansiedade, o que o leva a evitar tais situações por enquanto.

Como conversar sobre isso (se você quiser)

Falar sobre a depressão e a ansiedade com os outros pode ser complicado. Muitas vezes, as pessoas ao nosso redor, mesmo com boas intenções, podem não entender completamente o que estamos passando.

E. explica que tenta ser aberta sobre seus sentimentos com seus entes queridos, mas nem sempre isso é bem recebido. Embora ela não espere que as pessoas compreendam 100%, acredita que conversar com quem passou por algo semelhante pode ser mais útil.

L., por sua vez, admite que tem dificuldades em expressar seus sentimentos. Ela explica que, muitas vezes, tenta esconder suas emoções até chegar ao ponto de um colapso, quando tudo acaba explodindo de uma vez. Ela descreve sua luta interna como uma sensação de “muito barulho” na mente, que a impede de entender qualquer coisa claramente. Embora encoraje os amigos a conversarem sobre seus sentimentos, L. ainda não encontrou a melhor forma de se comunicar sobre sua própria experiência com a ansiedade e a depressão.

Se você decidir falar sobre a sua ansiedade e depressão com as pessoas ao seu redor, não há problema em iniciar essa conversa. Pode ser mais difícil do que parece, especialmente porque, muitas vezes, internalizamos a ideia de que “devemos ser fortes” e não mostrar fraqueza. No entanto, buscar apoio é frequentemente o primeiro passo para aliviar o peso dessas condições. Você pode se surpreender positivamente com a reação das pessoas próximas, e caso não se sinta confortável para falar com familiares e amigos, pode encontrar apoio online de outras pessoas que enfrentam desafios semelhantes.

O que considerar

A busca por apoio é crucial para não se sentir isolado na luta contra a depressão e a ansiedade. Seja por meio de terapia, grupos de apoio ou conversando com entes queridos, não há problema em pedir ajuda.

É importante ser paciente consigo mesmo e lembrar que qualquer progresso, por menor que seja, é valioso. A combinação de terapia, cuidados com a saúde, como exercícios regulares e uma boa qualidade de sono, pode fazer uma grande diferença no processo de recuperação.

Viver com depressão e ansiedade ao mesmo tempo é, sem dúvida, uma luta real, mas há maneiras de enfrentar esse desafio. Se abrir com outras pessoas, fazer mudanças no estilo de vida quando possível, ou tentar terapia ou medicação são algumas das opções disponíveis. O processo é único para cada pessoa, então é importante explorar diferentes estratégias de enfrentamento para encontrar o que funciona para você.

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